Tudo começou com Freud!

Neste post contamos um pouco da história do início da Psicanálise de forma leve. Curioso para saber como tudo começou?

Cynthia Godoi

10/1/20251 min read

Freud e o Enigma das Histéricas: Um Detetive da Mente

Na época em que Sigmund Freud viveu a histeria era um grande ponto de interrogação. Os médicos tratavam esses sintomas como algo físico, mas não encontravam nada de errado no corpo. Muitas vezes, essas mulheres eram vistas com ceticismo, como se estivessem fingindo ou fossem "fracas dos nervos". Mas um jovem médico, estava prestes a olhar para esse mistério com olhos completamente diferentes. Freud era um neurologista, e como muitos de seus colegas, ele se deparava com esses casos intrigantes. Ele havia estudado com Charcot, um famoso médico que usava a hipnose para tentar aliviar os sintomas histéricos. E funcionava! Pelo menos por um tempo. Mas Freud percebeu que a hipnose era como uma bandagem: cobria o problema, mas não curava a ferida.

O que realmente chamou a atenção de Freud foi o trabalho de seu colega Josef Breuer e o caso de uma paciente chamada "Anna O.". Breuer notou que Anna O. melhorava seus sintomas quando simplesmente... falava sobre eles! Sob hipnose, ela contava histórias de eventos perturbadores de seu passado, e ao fazer isso, os sintomas que a afligiam diminuíam ou desapareciam. Breuer chamou isso de "limpeza da chaminé" ou, mais tarde, "cura pela fala".

A Grande Virada: Ouvir é o Segredo!

Freud, com sua mente aguçada e curiosa, abraçou e expandiu essa ideia. Ele percebeu que talvez o problema não estivesse no corpo, mas sim em algo que as pessoas carregavam dentro de si – memórias, emoções e experiências que eram tão dolorosas ou difíceis que a mente as "escondia" de si mesma.

Ele abandonou a hipnose e desenvolveu sua própria técnica: a associação livre. Em vez de induzir um transe, ele pedia aos pacientes para se deitarem confortavelmente e dizerem tudo o que lhes viesse à mente, sem censura, por mais bobo, irrelevante ou embaraçoso que parecesse. A teoria era que, ao seguir esse fluxo de pensamentos, a pessoa acabaria chegando às memórias e sentimentos "escondidos" que estavam causando os sintomas.